um reservatório de ideias ligadas ao Direito, à História, à Economia, à Sociedade e à Monarquia Portuguesa

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Nov 09

Há umas semanas apresentei uma pequena pesquisa sobre os direitos que um senhor italiano dizia ter sobre o título de Duque da Casa de Bragança. Perante os factos burlescos da história, foi-me muito fácil provar que, de acordo com o direito vigente, o dr. Romano abusa da sua inocência e insulta a nossa inteligência com o seu caso pelo trono português.

 

Há no entanto uma outra situação legal que alega pôr em perigo os argumentos dos defensores da dinastia brigantina de Dom Duarte. A famosa Casa de Loulé, uma das importantes Grandes Famílias da Península Ibérica, tem ligações muito próximas à linha dinástica. Seria de esperar que esse estatuto de vizinhança familiar, de aproximação à Casa Real, tornasse a Casa dos Duques de Loulé fosse forte apoiante da Dinastia de Bragança. Agora, a mesma Casa vem proclamar os ses direitos à legítima sucessão do trono do Reino de Portugal, alegando terem-se extinguido a linha directa (por morte de D. Manuel II) e ser “ilegal” a linha colateral (os descendentes de D. Miguel I). Os duques, ao contrário do insuflado dr. Romano, usam do direito português para fortalecer o seu argumento. Não o fazem bem porque não o sabem fazer.

 

É louvável o respeito dos duques pela decisão da Pátria reunida em Assembleia, mas surpreende que os mesmos que usam da Carta Constitucional como escudo e causa, a desconheçam de tal maneira. A dinastia reinante, de acordo com esse documento, é a de Bragança. A linha dinástica é definida através da descendência de Dona Maria II. Caso a linha directa de descendentes da Rainha desapareça, será a linha colateral a essa, contando a partir de Dona Maria II. Isso contaria, por exemplo, os descendentes de seu pai, sua tia e seu tio, em último caso. Este último caso aplica-se. Os descendentes do pai de D. Maria II são estrangeiros e pretendentes ao trono do Brasil (Bragança-Orléans). Assim, e como a Lei Fundamental do Reino invoca a necessária nacionalidade portuguesa dos reis e a independência nacional, estão fora da linha sucessória. Restam a tia (D. Ana de Jesus Maria) e o tio (D. Miguel I). Põe-se então que segundo estas leis antigas, o sucessor masculino tem prioridade sobre o feminino. Assim, escolher-se-ia Dom Miguel. Além do mais, os dados históricos provam que Dona Ana Maria teria abdicado dos seus direitos ao casar com o Duque de Loulé. Isto explica-se facilmente.

 

Dona Ana casa-se com o duque de Loulé em clara desobediência do poder paternal, sem ser ouvidos os órgãos do Conselho Régio ou mesmo as Cortes, contrariando assim o costume e as leis da época. Tal vai contra a lei de sucessão portuguesa. Esta abdicação é válida para os seus descendentes também. Dom Miguel renegou a sua abdicação em vida e os trâmites legais do seu banimento são pronunciadamente inconstitucionais, à luz da própria Carta Constitucional. A Lei do Banimento é uma lei ordinária, ou seja, não tem natureza constitucional. A universalidade das leis de sucessão, por isso, mantém. Conclusão: aquilo que escrevi não é novidade, na generalidade, para os mais sabedores do assunto. Posso até ter cometido algumas imprecisões.

 

No entanto, sendo a Internet e a blogosfera um veículo de informação tão utilizado, e havendo, porventura, um crescente interesse de jovens (e graúdos) monárquicos nestas questões importantes, será também o veículo mais importante para refutar todas as teorias que denigrem a causa da monarquia e confundem de forma danosa a sociedade. Haverá sempre mérito na discussão do assunto, mas acima de tudo deve haver mérito em atribuir a quem de direito os seus direitos.

publicado por Manuel Pinto de Rezende às 13:47

E só para terminar Marcos Marcello,

Eu NUNCA minto!!! E Dom Miguel I foi um dos últimos grandes Patriotas portugueses. Nunca traiu ninguém, ao contrário do Seu irmão Pedro I do Brasil.
Não usurpou coisa nenhuma, pois com a traição do irmão, o trono passou a ser dele!!!
E não fora as 80 toneladas de Ouro devidas a Portugal pelo tratado Luso-Brasileiro de 1819 que nunca nos foram pagas e ao invés serviram para armar o exército mercenário, juntamente com o dinheiro da Maçonaria e as forças conjuntas da Quadrupla-Aliança, jamais os Liberais teriam ganho a Guerra de 1828-1834.

Atenciosamente,
Nuno Ramos.
Nuno Ramos a 16 de Janeiro de 2015 às 21:33

Não me delongarei nesse conflito, que não chegara a qualquer lugar.
Vossa Senhopria se faz de letrado e de estudioso, para defende ro indefensável.
Não vou cair nas suas estripulias, e ficar brigando aqui na internet.
Defendes Dom Miguel, O TRAIDOR?
Parabéns! És da mesma cepa dele.
O Ramo Orléans e Bragança são legítimos herdeiros da Coroa Portuguesa, posto que Miguel foi bandido legalmente.
E o Sr. Duarte não tem direito às pretensões e nem ao Ducado.
Apensa para o senhor saber, dou por encerrada minha participação aqui, pois sei que não se chegará a lugar algum, e o senhor não tem humildade de aceitar posição diferente da sua.
Passe bem!
Marcos Adriano de Carvalho Marcello a 18 de Janeiro de 2015 às 12:59

Olhe Marcos Marcello,
Você sabe tanto das Leis Fundamentais da Monarquia Portuguesa, como eu sei dum Lagar de Azeite!!! Ou seja, não sabemos nada de nada dessas respectivas coisas. Quer dizer, o Pedro Pedreiro é que pegou em armas contra a Pátria e o Rei, mas o irmão é que é traidor!? Você é burro, é só o que tenho a dizer-lhe!!! BURRO!!!
Se não fosse burro e soubesse alguma coisa do que diz, NUNCA diria que são os Orleães Bragança os herdeiros da Coroa Portuguesa, pois, NENHUM Príncipe Estrangeiro pode cingir a Coroa Portuguesa, seu ignorante. Ao pegar em armas contra a Pátria e o Rei, o TRAIDOR do Pedro Brasileiro perdeu todos os direitos à Coroa Portuguesa para si e a sua descendência. Isto é a Lei Portuguesa seu ignorante!!!
Nuno Ramos a 18 de Janeiro de 2015 às 14:49

Falei que nada mais postaria.
Mas diante de tamanha demonstração de grosseria, não pude deixar de responder.
Vossa Senhoria é uma vergonha para a raça lusitana.
Deveria usar cascos e não sapatos.
Fico impressionado com tamanha demonstração de ignorância.
Volte para o estábulo!
Marcos Adriano de Carvalho Marcello a 18 de Janeiro de 2015 às 15:25

Posso até ser uma vergonha para a raça, mas pelo menos sou Lusitano e descendente de quem lutou e morreu pela Pátria ao lado do último Rei legítimo, o Senhor Dom Miguel I de Portugal. E à parte disso, não sou burro, nem ignorante. Como tu, que chamas traidor a quem nunca o foi e queres louvar ao maior traidor que Portugal já conheceu!!!

Passa bem e gasta pouco,
Nuno de Almeida Ramos.
Nuno Ramos a 18 de Janeiro de 2015 às 17:40

És burro, ignorante, grosseiro, detraqué... uma pessoa sem eira nem beira se perfazendo de intelectual.
Uma pessoa sem um pingo de civilidade, e que envergonha aos outros lusos!
Quem defende traidor, traidor também o é!
Marcos Adriano de Carvalho Marcello a 19 de Janeiro de 2015 às 10:04

Faço minhas, as tuas palavras Marcos. Quem defende um traidor como o Pedro Brasileiro, traidor é igual a ele. Se não fosses burro, poderias explicar-me PORQUE É QUE O SENHOR DOM MIGUEL I foi um Traidor!?? E o Pedro Brasileiro, que pegou em armas contra a Pátria e o Rei e que segundo a Lei Portuguesa merecia a morte dos traidores, segundo tu mesmo, não foi traidor!?? O que obedeceu às Côrtes Gerais da Nação reunidas na tua opinião, é que foi o traidor, o que mandou as Côrtes às urtigas e fez a Guerra contra a Pátria e o Rei, em tua opinião, não foi traidor!? Só por aqui se pode ver o teu grau de inteligência!!!??? :(
Nuno Ramos a 20 de Janeiro de 2015 às 02:15

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